Monday 16 March 2015

'O Amor é Estranho' mostra relação madura entre dois homens...




Numa entrevista por telefone, de Nova York, o diretor Ira Sacks e o roteirista Mauricio Zacharias, de O Amor É Estranho, contaram que tiveram a chance, no início de sua parceria, de assistir a dez ou 12 filmes de Yasujiro Ozu, numa retrospectiva dedicada ao grande diretor japonês que se realizava em Nova York. “Foi uma experiência decisiva para ambos”, define Sacks. “A arte de Ozu é feita de modulação, de coisas não ditas e subentendidas. Não posso dizer que houve uma influência específica, mas com certeza estávamos num ‘mood’ que servia ao espírito do nosso filme.”
O Amor É estranho estreou nesta semana, mais de um ano depois de integrar a programação do Festival de Berlim de 2014 (na mostra Panorama). Por suas qualidades, que são muitas, Love Is Strangetalvez tenha sido o filme que faltou no recente Oscar. Poderia ter concorrido nas categorias de filme, direção, atores – no plural. John Lithgow e Alfred Molina formam o par de protagonistas, dois gays de meia-idade que estão juntos há quase 40 anos. Levam uma vida tranquila, estável. E aí sobrevém a tempestade. Ben (Lithgow) e George (Molina) resolvem oficializar sua união quando estão completando 39 anos de vida conjunta.

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